Representantes de servidores civis e militares, estaduais e municipais lotaram o auditório da Fessergs na tarde desta quarta-feira (19) para discutir os pilares do projeto de reestruturação do IPE-Saúde apresentado pelo governo Eduardo Leite. A reunião teve participação também de mais de 30 lideranças do interior do estado virtualmente.

O presidente do Fórum Permanente em Defesa do IPE, Júlio César Lopes Pereira, que teve a iniciativa de chamar o encontro, fez uma explanação do que significa para os servidores o aumento de alíquotas, a cobrança de dependentes e o aumento na coparticipação em exames e procedimentos num cenário em que a grande massa do funcionalismo está com salários arrochados, tendo tido 6% de reposição em oito anos, diante de uma inflação de 60%. "Esse projeto aumentará a perda salarial e a inviabilizará a continuidade do plano para muitos.

A seguir o presidente da Fessergs, Sérgio Arnoud, relatou que os servidores e segurados "não podem aceitar nenhum tipo de reestruturação antes do governo sinalizar como e quando vai pagar o que deve ao IPE Saúde, uma dívida que chega a 1,5 bilhão de reais". Além disso, o projeto apresentado não se sustenta, pois a grande maioria dos servidores não terá como arcar com os valores e o Instituto irá caminhar para a privatização.

Os representantes presentes aprovaram a participação no Ato por Reajuste Anual de Salários e em Defesa do IPE no dia 26/04, as 9h, em frente ao Instituto, além do aprofundamento de análise técnica das propostas do governo.

Também decidiram pedir informações mais detalhadas ao governo, pois os dados apresentados não são suficientes para permitir conhecimento claro da situação, nem para a formulação de propostas sustentáveis.
“Que o Governo pague o que deve ao IPE, para que possamos discutir qualquer reestruturação“,?afirmou Sérgio Arnoud.